QUAL A MELHOR “RECEITA” PARA EDUCAR O MEU FILHO?-Colaboração especial da Psicóloga Drª Renata

Gostaria de saber responder com uma “receita” ou uma “poção mágica” a esta questão, no entanto, penso ser demasiado ambicioso da minha parte dizer-vos, a vocês pais, como devem educar os vossos filhos, se eu própria ainda não sou mãe. Demasiado ambicioso mas não impossível, pois se juntar a minha profissão e alguma da minha experiência, dá-me já a possibilidade de o fazer. Deste modo, e de forma resumida vou dar-vos algumas “dicas” que poderão servir como fio condutor na educação dos vossos filhos.Nunca se esqueçam que quando falamos em EDUCAÇÃO estamo-nos a referir a um processo, onde vivem diversos intervenientes: os pais, aos quais compete a educação em casa, e a escola à qual compete a formação académica, acrescida de alguns valores. Dentro deste grande e complexo processo destacam-se aspectos que considero importantes e que os pais deverão ter em conta quando quiserem pôr em prática a “receita” que a seguir descrevo: Deverá juntar 100 gramas de SACRIFÍCIO, (a sua tarefa requer sacrifícios como o da paciência, perseverança e firmeza) com 200 gramas de ACORDO, (todos os cuidadores precisam conhecer e estar de acordo, e agir em conjunto) e misturar bem...De seguida, deverá juntar 3 litros de OBJECTIVOS, com 350 gramas de CONHECIMENTO, (o seu filho a partir dos 2 anos testará e contestará os pais, utilizando-se da famosa birra, choro, etc como instrumento para esta finalidade) e muita muita PACIÊNCIA, pois sem ela desistimos dos nossos projectos, e na sua presença sente-se a força e alguma firmeza. Finalmente, misture todos os ingredientes e unte a forma da vida com FIRMEZA (manter a prática firme da educação e criar o seu hábito levam à consistência e à segurança da criança. Lembre-se que o tempo gera o hábito.) e PERSEVERANÇA (no dia-a-dia é que se constrói a educação, portanto, a sua manutenção persistente é fundamental.).Depois de untada deposite na mesma tudo o que tem vindo a aprender durante estes anos, polvilhe com muito amor e carinho o seu filho e deixe-o amadurecer num “forno” acolhedor, quente mas não em demasia, protegido mas não cercado. Deixe-o viver a vida de forma autónoma, mostrando-lhe que estará sempre aqui a observá-lo, e que a sua mão se estenderá no dia em que for necessário estar presente para o ajudar, corrigir, ou simplesmente abraçar…
Psicóloga do Agrup. de Escolas de Vila Cova,

Renata Seabra de Sousa